O Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro é um dos mais importantes centros mundiais nas áreas de botânica e conservação da biodiversidade. Fundado há mais de 200 anos para abrigar a fábrica de pólvora do Império e um jardim para aclimatação de espécies vegetais estrangeiras, atualmente, restam apenas o portal, a casa dos pilões e o aqueduto em funcionamento, que abastece todo o Jardim Botânico com água do Rio dos Macacos.

Na área contígua ao aqueduto, ao pé da mata atlântica e com vista para o Cristo Redentor, projetamos um grande jardim para abrigar um labirinto verde, uma área para espécies em extinção e um espaço de descanso. O design do jardim reflete os tempos atuais, sem destoar do traçado original. Utilizando a linearidade do aqueduto como base, traçamos eixos perpendiculares e radiais que moldam o labirinto e demais áreas de contemplação e repouso, destacando-se também a estrutura de pilaretes e cabos de aço para sustentação das plantas trepadeiras.

O grande muro que delimita o jardim exterior foi revestido com placas de concreto, formando um painel em alusão a Athos Bulcão. Próximo ao eixo principal, encontramos um jardim que abriga espécies raras e ameaçadas de extinção. Ao final desse eixo, um café envidraçado parece flutuar sobre o espelho d'água, dialogando com áreas arborizadas e espaços de recreação infantil. Uma rampa conduz os visitantes a um caminho com ponte sobre um riacho, proporcionando vistas panorâmicas do jardim, da floresta da Tijuca e do Cristo Redentor. A implantação promove uma comunicação efetiva e integração gradual dos espaço